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A saúde começa pela boca

Neste momento de isolamento social, causado pela Pandemia do Coronavírus, a população teve que rever e modificar diversos hábitos, principalmente os hábitos de higiene. As vias aéreas superiores, principalmente a boca, são a porta de entrada para estes vírus, assim como, para todos os outros microrganismos que causam diversas doenças. Mais do que nunca a boa higienização bucal deve ser colocada em evidência porque o vírus precisa se fixar em células para se reproduzir, se o meio bucal estiver limpo e saudável, o vírus não terá chance de se reproduzir neste local. Dentes com cáries ou quebrados, biofilme, gengiva sangrando, próteses mal adaptadas, língua com saburra, tudo isto leva a um desequilíbrio propício a proliferação de Microrganismos.

O Ministério da Saúde afirma que a saúde bucal é parte integrante da saúde geral. Por isso, escove os dentes, use fio dental e mantenha principalmente sua saúde bucal em dia. A gengiva saudável é firme e não sangra. Ela se acomoda perfeitamente ao redor dos dentes, coloração rosa ou marrom (negros), nunca vermelha, tem aspecto de casca de laranja (não é lisa e nem brilhante). A gengivite é a inflamação da gengiva que pode progredir e atingir o osso alveolar que envolve e segura os dentes. É causada pela placa bacteriana ou biofilme dental, uma película incolor e pegajosa que se forma continuamente nos dentes.

Quando a gengiva sangra ao toque ou sozinha é sinal de gengivite, este é o estágio inicial da doença periodontal, pode ser revertido com higienização bucal correta. Caso esta inflamação não seja resolvida no estágio inicial, haverá a perda das estruturas de sustentação do dente (ligamento periodontal e osso alveolar), isto levará a perda do dente e a um, quadro inflamatório generalizado, através da corrente sanguínea, além de halitose e agravamento de outras doenças sistêmicas, como o diabetes e cardiopatias. Se sua gengiva sangra ao menor toque, corra para o seu cirurgião-dentista, de preferência um especialista em periodontia.

Para que a boca fique limpa e saudável, medidas simples e efetivas devem ser tomadas, limpeza dos dentes com escova e fita/fio dental, uso do limpador de língua, creme dental e bochecho (Colutório). Qualquer problema de cárie(dente) ou periodonto (gengiva e osso alveolar), o cirurgião-dentista deve ser visitado imediatamente para resolução do problema.

Embora já se saiba que os diabéticos têm maior chance de desenvolver doença periodontal, devido ao desequilíbrio hormonal, novos estudos indicam que a gengivite crônica pode ser um fator de risco para o diabetes. A infecção pode fazer com que as bactérias entrem na corrente sanguínea e ativem as células que produzem os sinais biológicos da inflamação, e que têm um efeito destrutivo no organismo. No pâncreas, as células responsáveis pela produção de insulina podem ser danificadas ou destruídas. Com isso, pode surgir o Diabetes Mellitus tipo 2, mesmo em pessoas que não têm outros fatores de risco com relação ao diabetes. O diabético deve redobrar a atenção com a higienização bucal.

ATENÇÃO:
  • Gengivite - é o primeiro estágio da inflamação gengival causada pela placa bacteriana que se forma na margem da gengiva; 
  • Periodontite - neste estágio, o osso e as fibras de sustentação que mantêm os dentes em posição são irreversivelmente danificados; 
  • Periodontite avançada - neste estágio final da doença, as fibras e o osso de sustentação dos dentes estão destruídos, o que faz com que os dentes mudem de lugar ou se tornem abalados ou móveis;
A gengivite pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre os adultos.
Se for detectada no seu estágio inicial, pode ser revertida.

Sintomas:
  • Gengivas vermelhas, intumescidas ou inchadas, ou flácidas;
  • Gengivas que sangram durante a escovação ou o uso do fio dental;
  • Mau hálito constante ou gosto ruim na boca;
A gengivite, de modo geral, pode ser revertida por meio da Higienização bucal (escovação, uso de fio dental e limpador de língua) correta.

A consulta ao cirurgião-dentista deve ser regular e após alta de quatro em quatro meses para diabéticos e hipertensos de e de seis em seis meses para pacientes sem as doenças.

Buona salute a tutti!!!

Por Dra. Nubya Mattos - colunista sobre Saúde

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