I.A. revela polêmico Da Vinci 

I.A revela como deveria ser ter sido "Salvator Mundi" há 500 anos

Por Átila Soares da Costa Filho



O "Salvator Mundi" (esq.): Obra do século XVI, pivô de acalorados debates, agora submetida ao olhar frio dos algoritmos em reconstrução "inteligente" (IMAGENS: Wikimedia Commons / Átila Soares).



O autor e especialista Átila Soares da Costa Filho, bacharel em Desenho Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (referência lationoamericana em desenvolvimento de tecnologia da informação), especialista em "História da Arte" e "Arte e Tecnologia", traz à luz um de seus mais recentes experimentos envolvendo o polêmico "Salvator Mundi", a obra mais cara de todos os tempos. Trata-se de uma pintura, antes perdida, e por vezes atribuída ao gênio da Renascença, Leonardo da Vinci, e executada entre 1506 e 1513 para o Rei Luís XII. Após passar por pesadas restaurações em razão dos severos danos e desgastes, "Salvator" foi adquirido em 2017 pelo príncipe saudita Mohammad bin Salman por 450 milhões de dólares em leilão na Christie's - num ambiente de pura controvérsia e belicosidade. Especula-se que esteja hoje em um cofre em Genebra aguardando por uma exposição permanente, para muito em breve, num salão especialmente construído para o novo Louvre-Ryad.
 
E foi também sobre a mesma que Átila já havia participado do desenvolvimento de uma metodologia de I.A. para autenticação de obras de arte, a "Luminari". Naquele momento, o desafio era a criação de um algoritmo "treinado" para achar compatibilidades entre informações cruzadas, extraídas da produção artística de um determinado pintor ou desenhista em todo seu modus operandi. Com esta noção – ou valores matemáticos -, o software iria submeter uma eventual obra aleatória a seu próprio crivo com a arquitetura de um sistema sobre redes neurais convolucionais.
À medida que suas pesquisas se expandiam, os diagnósticos do projeto se tornariam cada vez mais promissores. Agora, o mesmo vem apresentar os novos resultados sobre a atualização de sua tecnologia - basicamente, a inclusão de um balanceamento "inteligente" no dataset de treinamento X teste: "Trata-se de uma ferramenta que só vem a agregar valor ao já vasto arsenal disponível nas mãos do connoisseur nas atividades de autenticação de uma obra. O futuro da humanidade é, inegavelmente, a Inteligência Artificial, e o trabalho de atribuição no campo das Artes não ficaria de fora em hipótese alguma", esclarece Átila.
 
Uma das contribuições da metodologia "Luminari", segundo o professor, tem sido lidar com o desafio de artistas escassamente prolíficos, cuja produção não é compatível com o número mínimo satisfatório de obras a serem computadas. Para se ter uma ideia, o próprio Leonardo tem apenas 15 pinturas universalmente aceitas, ao passo que Pablo Picasso conta com, aproximadamente, 50.000 obras. Uma das competências deste sistema é prever tal situação, sendo capaz de criar prontamente a possibilidade de fornecer uma resposta. A fórmula, uma técnica privada e exclusiva que "Luminari" traz ao cenário da expertise e Ciência da Arte, é protegida por motivos de propriedade intelectual. E é exatamente sobre esta, aplicada a uma pintura de Michelangelo, que o anuário Conservation Science in Cultural Heritage (onde é conselheiro) se debruça em sua edição atual:
https://conservation-science.unibo.it/article/view/20081/18273.
 
A revista acadêmica internacional - referência de renome na área - é editada e publicada por Gangemi Editore (Roma) e Alma Mater Studiorum – Universidade de Bolonha, e conta com a colaboração de conceituadas entidades dentre as quais a Universidade La Sapienza de Roma, a Universidade de Bari, a Universidade de Palermo e a Universidade de Sevilha. Neste último maio, os resultados com a atualização do software foram apresentados em Brescia (Itália), durante o evento DOMINUS MUNDI, com participação de algumas das maiores autoridades mundiais em Da Vinci - em ocasião de palestra ministrada pelo próprio Átila, quando discursando sobre seus testes com uma sanguínea do século XVI fortemente atribuível a Leonardo, e pertencente a uma coleção particular italiana.
 
Enfim, os testes independentes da "Luminari" com "Salvator Mundi" acabaram por exigir alguns procedimentos extras que resultaram na reconstrução "inteligente" a partir da obra limpa, utilizando uma nova geração de tokens internos e mais de 10 bilhões de parâmetros. Quer dizer que estamos diante de um experimento que apenas considerou seu estado anterior a qualquer das recuperações a que foi submetida. Assim, a nova Inteligência Artificial alemã nos apresenta uma imensa compatibilidade nas características fisionômicas do "Salvator" (outro sub-tema bastante controverso nas rodas de academia ou de bate-papo mundo afora) com sua mais recente restituição pelas mãos da renomada restauradora Dianne Modestini entre 2007 e 2013.
 
O CEO da "Tecnologia Luminari" e acadêmico Átila Soares da Costa Filho, que já foi autor da reconstituição do rosto da Virgem Maria com base na Sacra Síndone (também por I.A.), assim como descobridor da mesma relíquia em alguns dos trabalhos de Leonardo, é membro do conselho científico na Mona Lisa Foundation (Zurique), na Fondazione Leonardo da Vinci (Milão), no projeto L'Invisibile nell'Arte com o Comitê Nacional para a Valorização do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Roma), no Centro Studi Leonardeschi (Varese, Itália) e na revista internacional técnico-histórica, Conservation Science in Cultural Heritage - publicada pelo Departamento do Patrimônio Cultural da Universidade de Bolonha com a de La Sapienza (Roma).


O "Salvator Mundi" (limpo, esq.): Tratamento experimental (dir.) foi tomado mediante a total ausência de interferências de recuperação e conservação da pintura (IMAGENS: Dianne Modestini / Átila Soares).


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