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Por uma mãe mais humana

Por Renata Dal-Bó - colunista sobre Crônicas
Crédito: Divulgação/Arquivo pessoal
Desde muito pequena tenho o desejo de ser mãe. Lembro-me que quando eu tinha apenas dez anos brincava com um bebê de verdade, filho de uma vizinha. Levava ele para passear, dava papinha, trocava fralda. Bruno, meu “bebê reborn”, tinha apenas 11 meses, chorava, ria, comia, fazia xixi, dormia. E eu me sentia plena em satisfazer suas vontades. Sinceramente não sei como a mãe confiava numa criança da minha idade para tomar conta do filho dela. Mas, de fato, eu era muito responsável e tomava conta bem direitinho.

Sei que o instinto materno é algo muito particular, de cada mulher. Em umas aflora mais cedo, em outras mais tarde, e em algumas mulheres não aflora, e tudo bem. Na minha opinião, ninguém deveria ter filhos sem querê-los, pois a responsabilidade é do tamanho do amor que sentimos por eles.

Ser mãe não é tarefa fácil. Entre erros e acertos vamos aprendendo a maternar. Às vezes, acho que o importante são as tentativas durante a trajetória que trilhamos juntas aos nossos filhos. O amor está em nunca, jamais abandonar ou desistir de um filho, mesmo com todas as dúvidas e dificuldades.

Não gosto do mito da mãe ideal, aquela que é sempre a melhor das criaturas, a que é sempre forte, a mais boazinha, a que sempre dá o melhor exemplo, a que nunca erra.

Mãe é gente de carne e osso: erra, acerta, chora, ri, pisa na bola, fala demais, beija demais, repete sempre a mesma ladainha, se preocupa além da conta, dá carinho, dá castigo, quer férias, quer ficar juntinho, sente saudade, sente raiva, fala besteira, dá conselhos, fica brava, sente orgulho, ama (às vezes por vias meio tortas). Enfim, mãe, como todo ser humano, tem virtudes e fraquezas, que podem aproximar ou afastar os filhos. Penso que quando somos transparentes e deixamos que eles enxerguem nossos defeitos, criamos um canal de confiança, empatia e respeito. Principalmente quando temos coragem de deixar nosso orgulho de lado e pedir desculpas pelo que fizemos, ou pelo que deixamos de fazer. Pelo erro ou pela tentativa frustrada. Pela raiva momentânea ou pelo xingamento inadequado. “Vem, senta aqui ao meu lado. Vamos conversar. Não queria que fosse assim. Podemos tentar novamente. Dê-me um abraço”.

Se este diálogo existisse sempre entre mães e filhos, metades dos problemas de ambos estaria resolvida. Teríamos mães mais parceiras e filhos menos inseguros e ansiosos.

Neste dia das mães desejo que todas nós desçamos do pedestal e conversemos mais com nossos filhos, que aceitemos nossos limites (e os limites deles também) e compartilhemos nossas fraquezas, dúvidas e incertezas. Assim, seremos menos deusas e mais humanas, estaremos mais próximas para ajudá-los nas suas necessidades, dar aquele colinho e acalentar seus sonhos.

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