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Arrivederci Roma! – Levando os filhos para conhecerem suas origens

Por Renata Dal-Bó - colunista sobre Crônicas
Crédito: Arquivo pessoal/Renata Dal-Bó
Olá querido leitor! Estou muito feliz com o convite para ser colunista do site Itália Nossa, criado pelo jornalista Carlos Masello, com o objetivo de apoiar a colônia italiana no Brasil e enaltecer a cultura da Itália em nosso país.

Me chamo Renata Marques de Avellar Dal-Bó. Pelo meu nome já dá para perceber que minha ascendência é um tanto misturada. Minha família é de Minhas Gerais e, além de ascendentes portugueses e espanhóis, acredito que tenho também sangue de negros e índios, como todo bom mineiro. Sou a verdadeira mistura brasileira. No entanto, há 30 anos, conheci meu marido, Márcio José Dal-Bó, e a cultura italiana passou a fazer parte de minha vida. Márcio sempre se orgulhou da ascendência italiana e trouxe para a família muito de sua influência, como, por exemplo, a culinária e a língua. Nos casamos, há 25 anos, e tivemos três filhos: Carolina, de 23 anos, Bruno, de 17 e Mariana, de 11. Brincamos que eles são os legítimos italianinhos de Minhas Gerais. Nosso maior sonho era levar os três para conhecer a Itália e isso aconteceu há oito anos. Nesta crônica contarei para vocês como foram nossos primeiros dias com as crianças em Roma.

Aterrissamos em Roma no dia 08 de janeiro de 2013, um dia antes do meu aniversário. Nada mau festejar meus 40 (e poucos) anos com a família numa autêntica cantina italiana. A expectativa era grande, pois era a primeira vez que visitávamos a cidade. Márcio e eu já conhecíamos outras regiões da Itália, mas não tínhamos estado em Roma ainda. Estávamos curiosos para saber como seria a recepção dos romanos.

Nossa chegada foi cômica, estávamos em seis pessoas (nós cinco e mais uma babá para ajudar a cuidar das crianças), com 12 malas, divididas entre grandes e pequenas, ou seja, não cabia em nenhum taxi. Tentamos achar uma mini van, mas não tivemos sorte. Começamos a conversar com os motoristas de taxi para ver a melhor maneira (e mais barata) de chegarmos ao nosso hotel, que ficava no Vaticano, a 29 km do aeroporto. Em pouco tempo havia uns cinco motoristas discutindo o assunto. Engraçadíssimo, pois todos falavam ao mesmo tempo. Apenas concordávamos ou não abanando a cabeça.

O fato de eu não falar italiano gerou outras situações divertidas. Meu repertório resumia-se em “grazie”, “buongiorno”, “buona sera” e “ciao”. A tudo eu dizia “grazie” e eles respondiam “prego”, que descobri ter vários significados, como, “de nada”, “disponha”, “desculpe”, etc. Houve um dia que meu marido esqueceu o cartão de crédito no hotel e, enquanto ele foi buscar, ficamos esperando que voltasse à caffeteria onde tínhamos tomado nosso café da manhã. A garçonete, que não falava e nem entendia nada em Inglês (língua em que eu tentava me comunicar), começou a limpar a mesa e eu tentei explicar a situação a ela num dialeto que inventei não sei de onde. Ela me olhou com cara de paisagem. Então tentei explicar de novo bem pausadamente e fazendo mímicas: “Estamos esperando mi marido que fue a buscar su carton de crédito en hotel”. A menina fez a mesma cara de paisagem e respondeu: “prego”. Quando olhei para o lado, a familia inteira estava rindo de mim. Surpresa, perguntei o por quê da risada e Carol respondeu: “Mãe, você repetiu exatamente a mesma coisa neste dialeto que só você entende, só que mais devagar.”

Uma expressão que aprendi e adotei durante a viagem foi “punto e basta”. Falava essa expressão sempre que os filhos começavam a brigar por algum motivo, isso quer dizer que a repeti milhares de vezes e continuo repetindo até hoje.

Adoramos Roma por vários motivos: os romanos são extremamente receptivos, a cidade transpira história e os monumentos são verdadeiras obras de arte arquitetônicas. Visitamos os principais monumentos e cada um contava um pouco da história de Roma e da civilização ocidental: o Coliseu, anfiteatro construído em 72 d.C. e que, depois de quase dois mil anos de existência, continua sendo o orgulho da cidade; o Foro Romano, centro da vida civil e econômica de Roma na idade republicana; O Panteão, templo de todos os deuses, construído em 27 a.C.; O Vaticano, que desde há seis séculos para cá é a residência dos Pontífices. Não sou religiosa, mas me emocionei com a beleza da Basílica de São Pedro.

Para fechar com chave de ouro, antes de partimos recebemos uma benção do Papa. É isso aí, fomos a Roma e vimos o Papa. Punto e basta!
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